Sociedade

É ingenuidade supor que os ecologistas não sejam suscetíveis às táticas de cooptação e de pasteurização que já foram adotadas com relação aos outros movimentos, em situações diversas. É excesso de boa vontade pretender que a burguesia possa constituir um aliado estratégico, justamente ela que, no Brasil se dedica à prática do biocídio generalizado. Será que o movimento ecológico consequente pode dar as mãos aos predadores?

Está cada vez mais clara a necessidade de o movimento ecológico discutir em profundidade as suas perspectivas políticas. Particularmente, ante o fato de estarmos inseridos na realidade de um país que conjuga a depredação de uma sociedade industrial "avançada" do Primeiro Mundo com as mazelas sociais típicas do Terceiro (ou mesmo do Quarto) Mundo, colocamo-nos perante um duplo desafio: discutir tanto a questão ambiental no Brasil como também, conjugada com a questão ecológica, a questão social mais ampla, buscando aproximação com os diferentes segmentos do movimento popular.

Nesse sentido, ainda que parcelas do movimento ecológico tenham realizado um trabalho político junto ao empresariado, o fato é que essa experiência tem encontrado os seus limites objetivos em problemas de diversas ordens, tais como o caráter altamente predatório do capitalismo no Brasil, a falta de vontade política de vastos setores das classes dominantes em incorporar a bandeira ecológica e, devido ao caráter dependente da economia nacional, a ausência de condições concretas que impeçam a devastação.

A crítica a esse tipo de trabalho, independentemente de questões concretas, não prescinde de alguns questionamentos relativos ao mérito dessa relação, que do ponto de vista de um ambiente conseqüente não poderia deixar de ser considerada um equívoco.

Mas por que definir como equivocado esse caminho, diriam alguns, se "de fato" foi com a contribuição "desinteressada" de setores do empresariado que se tornaram possíveis a preservação de diversas áreas de especial interesse para a população, a obtenção de auxílio financeiro e material e, inclusive, a "abertura de espaços" na imprensa, no rádio e na televisão? Ainda que limitadas, tais experiências não poderiam constituir um caminho promissor para o movimento?

Ora, o que parece claro é que apesar de existirem exemplos de engajamento de empresários "verdes" nas lutas ecológicas, o auxílio prestado por tais setores conduziu parcelas do movimento a um atrelamento de tal ordem que se tornou possível a não colocação de muitos empresários no rol dos piores devastadores da história deste país. Em outras palavras, assistimos à cooptação de parcelas do ecologismo, que foram reduzidas ao silêncio, calando em situações em que a crítica dos ecologistas era não apenas necessária mas também fundamental. (É ingenuidade supor que o movimento ecológico não esteja, da mesma forma que outros segmentos do movimento popular, suscetível às táticas de cooptação e de pasteurização que já foram adotadas em outros movimentos e em outras situação.)

Assim, é a cooptação de setores do movimento que gera toda sorte de equívocos, entre eles pretender que a burguesia é um aliado estratégico do movimento, apesar de ser evidente o autêntico biocídio promovido por essa classe. Ainda que seja possível obter uma legislação ambiental avançada nos quadros do capitalismo, é discutível pretender uma solução a longo prazo do quadro de degradação ambiental, excluindo uma visão crítica do que significa, em termos ambientais, processos como o da apropriação privada da natureza. Ao lado do equívoco de pretender a transformação da burguesia em aliado estratégico, aparecem outros, tais como o chamado capitalismo verde, contrapartida aceitável ao "capitalismo predatório", que se torna a meta de todos aqueles que, embora em desacordo com a depredação, estão em concordância com as relações de poder existentes nesse sistema. Pior ainda é o equívoco de achar possível deter o processo de devastação prescindindo de ligação orgânica com as demais lutas populares que se desenvolvem no Brasil, com consequente atrelamento ao status quo. Dessa forma, passa-se a "defender o meio ambiente" em dissociação de um projeto de Nova Sociedade, no qual uma reformulação geral das relações que o homem trava com a natureza está acompanhada de profundas transformações sociais, políticas e econômicas.

Porém, contrariando o "capitalismo verde", tanto no Brasil como no resto do mundo emergem novas experiências, novas perspectivas que ampliam o campo de visão dos ambientalistas, reforçando um ecologismo combativo, preocupado com a aliança do movimento ecológico com as lutas gerais do povo. São lutas travadas pelo chamado "homem simples", pelo "deserdado da Terra", pelo "despossuído", que, privado das chamadas conquistas da civilização, consegue criar e pautar projetos de nova sociedade e contemplar o que o mais radical capitalista "verde" não consegue: o equilíbrio entre o social e o ecológico, entre o ambiental e o desenvolvimento (sem aspas) com uma dimensão por alguns denominada de "cósmica", mas que poderia ser traduzida como a satisfação das necessidades espirituais gerais do homem. Dado que o meio ambiente constitui uma referência concreta de atuação humana e lembrando que o homem não é uma abstração a-histórica, tanto a crítica de como é gerido o meio ambiente quanto as propostas de reformulação dessa relação devem incluir (necessariamente) a dimensão social. Esta é a principal contribuição trazida por essas novas experiências.

Centrados apenas no caso brasileiro, destacando a Amazônia, como podemos falar em defender a floresta equatorial deixando de lado a questão da organização sindical, a questão da Reforma Agrária (que na Amazônia passa pela implantação das reservas extrativistas), a questão da demarcação das terras indígenas, a questão do modelo de desenvolvimento defendido pelos Povos da Floresta e a experiência de Chico Mendes? Caso façamos a crítica ao modelo agrícola existente, como, novamente, deixar de defender a Reforma Agrária, de apoiar os milhões de camponeses sem terra que se deslocam de um ponto a outro deste imenso país à procura de seu pedaço de chão? Como recusar a monocultura, a utilização de agrotóxicos, o uso de maquinário tecnologicamente inadequado a um país tropical como o nosso, sem mencionar as propostas dos próprios trabalhadores rurais, cujas reivindicações apontam para a revisão do modelo agrícola existente, privilegiando a diversidade agrícola, a adaptação das culturas aos diferentes tipos de solo e de ciclos naturais? Como esquecer que são esses mesmos trabalhadores que lutam contra o envenenamento provocado pelos agrotóxicos impostos pela "revolução verde"? Comentando algumas experiências ocorridas nos grandes centros urbanos, como é possível pretender a defesa dos cursos d’água, dos lagos, dos reservatórios das grandes capitais sem considerar o apoio popular a essas lutas, ainda mais se nos lembrarmos de que justamente a população mais carente é a principal interessada em sua defesa? Como esquecer que hoje a luta contra a poluição tem como principal aliado a própria população, já que ela é a primeira a ser atingida? Finalmente, como esquecer que a defesa do meio ambiente, em muitas dessas situações, é realizada através do enfrentamento direito do aparato de poder do Estado e das elites locais?

É evidente que precisamos indexar estes pontos em nossa atuação, em nossa pauta de reivindicações e em nosso plano teórico-político. É evidente que um ambientalismo conseqüente deve buscar alianças com segmentos do movimento popular interessados em reformular as diretrizes impostas pelo sistema sob o qual vivemos. É evidente a necessidade de esclarecer quais são as variantes políticas e ideológicas que perpassam o movimento, permitindo uma discussão mais clara e aberta. É preciso enfim debater a validade de um ecologismo não apenas elitista e excludente, mas que ainda por cima busca, em alguns momentos, a transformação do movimento numa variante bem-sucedida de "microempresa ecológica", cujo marketing bem produzido pouca ou nenhuma benfeitoria traz ao meio ambiente.

Assim, é urgente um debate político sobre os rumos do movimento ecológico, fortalecendo os ativistas no confronto das idéias, clareando-se as concepções atualmente em jogo (é de se esperar uma resistência dos setores que insistem num pretenso apoliticismo do movimento. Felizmente, são setores inexpressivos). Este debate, que não necessariamente se esgota em apenas um encontro de ecologistas, pode gera um salto quantitativo e qualitativo, abrindo caminhos para que, na esteira da organização popular e de luta de masssas, o ambientalismo possa estar mais e mais presente.

É antiga a crítica que diversos especialistas em ciência política fazem ao movimento social, destacando que, em suas contradições com o bloco do poder, com demasiada freqüência os movimentos sociais reduzem seus horizontes à expectativa do atendimento de demandas, excluindo uma elaboração mais sofisticada, traduzida por um projeto político mais acabado. Por outro lado, é também verdade que essas carências são de uma forma ou de outra supridas ou no seio dos movimentos ou, então, em outros fóruns de elaboração política, lembrando que são estas políticas que tornam possível uma ampliação dos movimentos em seus próprios campos de atuação ou com os demais segmentos do movimento popular.

Confrontado com essa realidade, o movimento ecológico parece estar com um atraso muito grande, caso comparemos a nossa situação com movimentos como o das mulheres, dos negros, de jovens, de moradia etc. Esse despreparo, cujas origens estão nas carências de discussão já assinaladas, permite que no dia-a-dia se afirme com grande intensidade um "ecologismo de resultados", denominação que cabe às parcelas do movimento comprometidas com a obtenção de "benfeitorias ambientais" em troca do não-questionamento das relações de poder (que, em muitos casos, nem sequer é explicitado). Caracterizado por sua ligação umbilical com a ordem existente, esse atrelamento garante ao "ecologismo de resultados" uma tranqüila associação às concepções ecodesenvolvimentistas, pelas quais as classes dominantes podem ter ao seu dispor um ambientalismo "bem-intencionado", interessado em reduzir a questão ambiental a um mero problema técnico, plenamente compatível com o sistema dominante. Esclarecidos estes pontos, é óbvio que o "ecologismo de resultados" trabalha, consciente ou inconscientemente, contra a auto-organização do movimento, pois essa organização, além de não o interessar, põe em xeque o tipo de relacionamento que nacionalmente tem pautado o poder em sua relação com o movimento popular, ou seja, colocá-lo debaixo de seu tacão.

Isso posto, qualquer estratégia de organização do movimento passa pela recusa do imediatismo e da inconseqüência de propor como um sinal de "avanço" a precária situação de ainda não termos uma entidade que seja organicamente representativa de nossas lutas no Estado de São Paulo. A resposta a essa situação só pode estar no fortalecimento de uma organização estadual de ecologistas, que se empenhe em delimitar tarefas prioritárias para o movimento, identificar a problemática estadual do meio ambiente, realizar uma "radiografia" do campo político (com a identificação de aliados táticos e estratégicos) etc.

Essa é a única forma de combater insuficiências que já fazem parte dos anais da ciência política, constatações pelas quais o movimento estaria permeado pelo "basismo", pelo "messianismo", pelo "assembleísmo" e, enfim, pelo vedetismo, que formam um rol de manifestações 'ecológicas' continuamente transpostas para a sociedade civil como um todo. O "basismo" e o "assembleísmo", negando a necessidade de organização/representação do movimento, condenando como "autoritário" (ou até mesmo como "antiecológico") todo e qualquer mecanismo de representatividade política, abrem campo para o surgimento de personalidades messiânicas que, se nutrindo da própria não-organização do movimento, descambam facilmente para o autoritarismo, contra o qual, em nome de uma mensagem por vezes "anarquista", dizem se insurgir.

A superação dessas insuficiências só pode estar na busca da organização do movimento, que conjugada a um profundo debate político conseguirá garantir maior densidade de nossas propostas, maior penetração e engajamento. Estas são as premissas para conseguirmos avançar na busca de interfaces com os demais segmentos do movimento popular, estabelecendo os lineamentos ambientalistas de uma nova sociedade. Contraface a um ecologismo descomprometido com a situação social mais ampla, o ecologismo combativo deve assumir o desafio de negar um sistema cuja preocupação fundamental é apenas o lucro a curto prazo.

Não poucos colocam a resistência demonstrada por setores do movimento sindical e popular quanto às propostas ecológicas como uma justificativa para não os procurar. No entanto, vivendo numa sociedade dividida em classes na qual dificilmente poderíamos colocar a resistência ao ambientalismo como típica de um setor exclusivo, parece evidente que tanto no caso das classes populares quanto (em especial) no das elites existe muito o que fazer. Nesse sentido, parece mais sugestivo optar pelo segmento social que com mais propriedade poderá trabalhar para a construção de uma sociedade que além de ecologicamente responsável também se preocupe em rever as relações de poder, em alterar a nossa herança tecnológica, em lutar para que no plano internacional este seja um mundo de paz. Mais: em lutar pela valorização de todos os acervos culturais, em identificar-se plenamente com a luta de todas as minorias, como os jovens, os portadores de deficiência, grupos étnicos/culturais discriminados, mulheres, homossexuais etc.

Neste sentido, cabe ao ecologismo combativo trabalhar com todos os setores que polarizam com um mundo (onde a solidão está combinada com a esterilidade crescente do sistema em oferecer respostas às angústias que ele mesmo cria. Cabe ao ecologismo combativo fortalecer uma aliança que, neste caso, é verdadeiramente estratégica, com os trabalhadores do campo e da cidade, com os movimentos sociais e populares, com as minorias oprimidas e com todos os injustiçados. Cabe ao ecologismo combativo procurar e selar essas alianças, única forma de verdadeiramente reverter o quadro de degradação do mundo "moderno", que está impossibilitado de apresentar um modelo viável que contemple as necessidades ambientais e sociais.

Ao lado destas considerações e sem a pretensão de esgotar a problemática ambientalista, alguns pontos ser destacados, entre eles: 1) solidariedade ativa do movimento ambientalista para com o campo popular, elaborando políticas para as interfaces possíveis com lutas gerais do povo e que até o presente momento não tiveram o necessário respaldo do movimento; 2) defesa do fortalecimento de sujeitos políticos de outros movimentos ante o evidente interesse ambiental (sindicatos, associações de moradores, Conselho Nacional de Seringueiros, União das Nações Indígenas, comissões regionais de atingidos por barragens etc.); 3) incorporação, pelo movimento ecológico, de temas como a violência rural, questão que possui impacto direto na luta ambientalista em regiões como a Amazônia. Entender como fundamental a defesa da vida de lideranças rurais e indígenas para a continuidade de lutas como a dos Povos da Floresta; 4) no plano internacional, terminar com o pragmatismo das propostas acabadas, substituindo-as pela ênfase numa nova visão de internacionalismo, na qual as lutas internacionais pela Paz, Justiça, Liberdade o Democracia também incorporem a dimensão ambientalista. Lutar pela reorganização da economia mundial, buscando um novo o justo equilíbrio nas relações entro o Norte e o Sul, combatendo os mecanismos de opressão econômica, entre eles o Banco Mundial (responsável direto pelo ônus ambiental provocado pelos megaprojetos financiados em vários países do Terceiro Mundo) e a própria dívida externa, cujo pagamento obriga as nações subdesenvolvidas a arcarem com sérios impactos ambientais gerados pela necessidade de obter divisas a qualquer custo; 5) solidariedade ativa para com todas as populações que alguns manuais de antropologia definem pejorativamente como "populações residuais", cujo saber ancestral acumulado no trato com o meio ambiente deve ser valorizado e utilizado como embrião de uma relação mais contemporânea com a natureza. No caso brasileiro, isso significa valorizar e criar um plano comum de lutas com as populações indígenas, os seringueiros, os ribeirinhos, os castanheiros, os pescadores artesanais e, ademais, todas as populações cujo modo de vida não esteja em contradição com os ciclos naturais dos ecossistemas nos quais vivem; 6) recusa da hiperindustrialização como modelo viável de desenvolvimento. As experiências em vigor no Japão, em Taiwan e demais "tigres asiáticos" apontam para uma sociedade na qual os idosos não têm lugar, na qual ocorrem os mais altos índices de suicídio de crianças de todo o mundo, por conta de um sistema competitivo que não respeita o metabolismo natural do homem. Ao lado do vazio existencial gerado pelas grandes aglomerações urbanas, a solidão do homem "moderno", imerso num universo de bens descartáveis e de cultura de massa, cujos problemas não serão resolvidos pelo crescimento incessante do Produto Nacional Bruto; 7) reavaliar modelos dogmáticos de interpretação da experiência religiosa. Da mesma forma que é possível encontrar na tradição judaico-cristã imperativos em que o homem (e só o homem) é o senhor absoluto da natureza, também está presente uma outra contextualização, na qual o homem é cúmplice dos ritmos naturais, uma utopia social que remonta de tempos imemoriais, nos quais já se pautava o anseio por um mundo sem opressão, com justiça e direito à vida de todos os seres; 8) achar referências no campo dos trabalhadores, reforçando formas de luta que busquem não apenas uma sociedade justa mas também ecologicamente responsável. Assim, o trabalho junto aos sindicatos rurais e urbanos, a movimentos como o dos trabalhadores rurais sem terra, à população carente das áreas urbanas deve ser entendido como um reforço de uma luta que sem o apoio do povo tem escassas possibilidades de vitória real; 9) confiar na organização popular ao lado do Parlamento, como instrumentos voltados para a construção de uma sociedade justa, fraterna e democrática. Entender que a organização popular é a única forma de tornar efetivo o que muitas vezes está garantido em lei, como bem o demonstra a luta de Chico Mendes. Entender também que se nem tudo se resolve no Parlamento, sem este não haverá democracia, burguesa, popular ou de qualquer tipo.

Finalizando, a imprescindível necessidade, do resgate da utopia, única forma de fazer com que no comando dos caminhos a serem trilhados por nós, habitantes da nave Terra, exista participação dos que legitimamente podem dar resposta à crise a que todos assistimos.

Maurício Waldman é membro de Coordenação Nacional dos Ecologistas do PT, coordenador da subsecretaria estadual de ecologistas do PT-SP.

Vozes Ecológicas
"A aliança dos povos da floresta é o resultado do reconhecimento da doença entre várias populações da Amazônia, tendo em comum a vontade de preservar suas regiões, manter seus valores culturais e oferecer um modelo original de valorização e viabilização de suas economias de maneira auto-sustentável."  - Ailton Krenac - União das Nações Indígenas

"A população dos grandes centros urbanos está cada vez mais convencida da necessidade de preservação dos mananciais e reservatórios d'água, vitais para a manutenção da qualidade de vida."- Ronaldo Queródia e Virgílio Alcides de Faria - Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC - Estado de São Paulo

"A utilização da terra em termos de ecologia e de ecossistema exige um planejamento de acordo com a região onde vai ser implantado o assentamento. "- Uelton Fernandes Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

"O tema interessa, cada vez mais, às Igrejas e confissões religiosas. Enfrentá-la e relacioná-la com outras questões essenciais - com a da reforma agrária supera qualquer postura oportunista." Avaliação realizada no Encontro de Agentes de Projetos do CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviços) - Salvador, Bahia - Setembro de 1989

"A luta pela preservação do ecosistema da Amazônia e de outras regiões brasileiras inclui, necessariamente, para não ser parcial e limitada, a luta pela reforma agrária" - Osmarino Amâncio Rodrigues Secretário do Conselho Nacional dos Seringueiros

"A luta pelo meio ambiente incorpora a organização popular como formas mais efetiva de combater a destruição da nave Terra, da biosfera que é patrimônio de todos os homens."-  Dan Moshe Schneider - Comitê de Apoio aos Povos da Floresta de São Paulo (SP)

(Texto apresentado no IV Congresso de Ecologistas e Pacifistas do Estado de São Paulo, em outubro de 1989).